Em Irecê, o Pré-São João ganhou força com apresentações em bairros, comunidades e escolas, promovendo uma espécie de “esquenta” para o grande arraial da cidade. Quadrilhas, trios de forró pé-de-serra e barracas com comidas típicas transformam o município em um reduto de alegria, onde o som da sanfona ecoa pelos quatro cantos. O comércio local se aqueceu, os grupos culturais ocupam os espaços públicos e a população se mobiliza em torno da tradição que é passada de geração em geração.
Já em Cruz das Almas, conhecida por suas tradicionais guerras de espadas, o Pré-São João foi mais que uma preparação, é uma celebração por si só. A juventude toma as ruas com expectativa, e os bairros se iluminam com bandeirolas e fogueiras simbólicas. Os eventos se espalham pelos mercados, feiras e praças, com forrozeiros locais e renomados artistas dando uma prévia do que está por vir. A energia do pré-festejo é contagiante e serve como cartão de visita para o São João oficial, que promete ser ainda maior este ano.
Castro Alves, terra do poeta e de muita poesia junina, transformou o Pré-São João em um palco cultural que mescla música, literatura e tradição. O centro histórico da cidade se enche de vida com concursos de quadrilhas, recitais populares, feiras de artesanato e apresentações de sanfoneiros da região. A cidade, que já respira poesia por natureza, mergulha de corpo e alma na cultura junina com um olhar carinhoso sobre a identidade sertaneja. Por lá, o Pré-São João é uma verdadeira homenagem ao povo nordestino.
No distrito de Gandú o clima foi mais intimista, mas não menos animado. A comunidade se reuniu para preparar um São João com gosto de casa, de chão batido e abraço apertado. Os festejos antecipados contam com apresentações locais, fogueiras comunitárias e um sentimento de pertencimento que aquece mesmo nos dias mais frios de junho. É no Pré-São João de Gandú que se vê o São João em sua essência: simples, alegre e profundamente enraizado nas tradições do povo.
No Pré-São João, as fogueiras são feitas com madeira escolhida a dedo, as comidas típicas são preparadas com receitas de avós, e a música brota do coração do povo, que se junta em mutirões para manter viva a tradição. A festa começa cedo — às vezes já em maio — com encontros comunitários, ensaios de quadrilha e pequenas celebrações que se tornam grandiosas justamente pela simplicidade e verdade que carregam. Em Dangú, o São João começa no sorriso de quem prepara o milho e no olhar de quem acende a fogueira.
Com todo esse movimento prévio, o convite está feito: o São João oficial se aproxima e promete ser inesquecível. Se o “pré” já está assim, imagine o grande dia! As festas de Irecê, Cruz das Almas, Castro Alves e Gandú são mais que celebrações — são retratos vivos da cultura baiana. Prepare o chapéu de palha, vista sua melhor camisa xadrez e venha viver o São João como ele deve ser: dançado, cantado e celebrado ao lado de quem ama a tradição. Porque no interior da Bahia, o São João não começa em 23 de junho — ele é uma festa que se constrói todos os dias.
E você é nosso convidado especial.
SÃO JOÃO PELA BAHIA uma realização da 585 Studios, com apoio do Governo do Estado, através da Superintendência de Fomento ao Turismo – Sufotur.